"Não deveria se chamar amor" by Madame Soraide

No show acústico do Jorge Vercilo, antes da música Fênix (Música que eu amo de paixão), ele rescita alguns versos de arrepiar, aquele tipo arrepio de vai da nuca ao coxix, como introdução. Embora tenha sido um custo descobrir quais versos eram esses, eu os descobri: "Não deveria se chamar amor".

"O Amor Que Eu Te Tenho é Um Afeto Tão Novo
Que Não Deveria Se Chamar Amor
De Tão Irreconhecível, Tão Desconhecido
Que Não Deveria Se Chamar Amor

Poderia Se Chamar Nuvem
Pois Muda De Formato a Cada Instante
Poderia Se Chamar Tempo
Porque Parece Um Filme Que Nunca Assisti Antes

Poderia Se Chamar Labirinto
Pois Sinto Que Não Conseguirei Escapulir
Poderia Se Chamar Aurora
Pois Vejo Um Novo Dia Que Está Por Vir

Poderia Se Chamar Abismo
Pois é Certo Que Ele Não Tem Fim
Poderia Se Chamar Horizonte
Que Parece Linha Reta, Mas Sei Que Não é Assim

Poderia Se Chamar Primeiro Beijo
Porque Não Lembro Mais do Meu Passado
Poderia Se Chamar Último Adeus
Que Meu Antigo Futuro Foi Abandonado

Poderia Se Chamar Universo
Porque Nunca o Entenderei Por Inteiro
Poderia Se Chamar Palavra Louca
Que na Verdade Quer Dizer Aventureiro

Poderia Se Chamar Silêncio
Porque Minha Dor é Calada e Meu Desejo é Mudo
E Poderia Simplesmente Não Se Chamar
Para Não Significar Nada e Dar Sentido a Tudo"

*Dan rescita bem baixinho esses versos nos ouvidos do meu sol...*