quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

O $ da Felicidade


É claro que a felicidade tem um preço.

Certamente, eles diriam:

1. Os materialistas de plantão, nada mais, nada menos do que aves de rapina oportunistas, de olho na carniça alheia, diriam que a tal felicidade está vinculada ao fio metal, as relações sórdidas de poder e ao consumismo fútil;

2. Os mais desprendidos e idealistas, “peace and love”, diriam que ela está vinculada ao equilíbrio entre a energia do universo e a realização pessoal;

3. Os mais espiritualizados, as almas evoluídas, diriam que ela é o reflexo do contato com o outro plano, em comunhão com o espírito santo, os espíritos de luz e uma força maior, também personificada como a figura de Deus;

4. Os mais românticos e sonhadores, quase a personificação de “Pollyanna”, diriam que ela está vinculada a vivência de um grande e eterno amor;

5. Os mais amargos e pessimistas, os recalcados e mal amados, diriam que a felicidade não existe e, em virtude disso, a frustração é certa;

6. Os mais abnegados e destemidos, por coragem e teimosia, diriam que a vida é cheia de riscos e incertezas e que ela é a construção de possibilidades e tentativas.

Seja qual for o preço dela, até que se prove ao contrário e até aonde a minha vontade de ser feliz me impulsionar, eu só tenho essa vida para ser feliz. E não abrirei mão dessa convicção.

- “Se necessário for, enquanto eu estiver estimulado a buscar a minha lenda pessoal, seja ela qual for (que eu estou buscando descobrir), eu arrisco o que for, queimo todos os meus cartuchos, aniquilo todas as minhas possibilidades, mas, vou buscá-la aonde, como e quando for. Mesmo que nessa busca frenética, visceral e essencial me coloque para andar na corda bamba, ficar cara a cara com o precipício, rever os meus conceitos e regras, reavaliar as minhas táticas, cair e levantar mesmo chegando ou saindo do fundo do poço, sofrer pequenas, médias e grandes decepções, enfim, aprender a viver, mesmo assim, mediante todas as dúvidas e incertezas eu tenho o direito de tentar. E VOU TENTAR, MESMO QUE NO FINAL EU NÃO CONSIGA.”


Quando se é racional demais, você deixa de ousar e tentar, por medo de arriscar – por não haver certas seguranças para dar conforto a sua aventura. Você se torna uma pessoa previsível e limitada, aprisionada por retrógradas e ultrapassadas regras e conceitos, carcomida pela ausência de quebra de paradigmas.

- “De certa forma, eu me tolhia demais (como ainda me tolho em alguns aspectos), deixando de viver, arriscar e ousar por supervalorizar bobagens que nada são mais do que bobagens. Besteiras nada mais do que besteiras.”


E nesses dois últimos anos, principalmente, eu aprendi que eu vou à beira das conseqüências, mas, eu não me privo de mais nada e nem deixo de viver tudo aquilo que eu estiver com vontade. Prefiro pagar o preço por ter feito, tentado em prol de um ideal, do que deixar a minha vida passar em branco, sem graça, seguindo um “script” certinho demais porque os outros querem que seja assim.

- “Foda-se os outros, eu quero é escrever a minha própria história, com todos os desfechos e aprendizagens que isso implica, porque, quando eu olhar para atrás, daqui alguns anos, eu quero ter boas histórias para contar e ver o meu livro da vida escrito, se a felicidade estará rabiscada ou presente nas entrelinhas eu não sei – pelo menos, eu quero tentar.”


Eu não quero ser frustrado porque eu deixei de tentar, mas, porque a tentativa foi em vão, porque existiam outros fatores que não dependiam apenas da minha vontade. Toda tentativa é válida, mesmo que ela não lhe traga o desfecho tão esperado, mas, pelo menos, uma lição foi aprendida e apreendida.

- “Talvez, a minha felicidade não esteja em Curitiba, mas, eu só saberei que não é, se eu for corajoso o suficiente, de pelo menos, ter tentado, como venho tentando até aqui.”

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