sábado, 6 de setembro de 2008

06 de Setembro (2007/2008) – 01 ano depois... (I)



PARTE I


Fazendo um retrospecto da minha chegada em São Paulo, em 06/09/2007 até hoje, quem diria que após 01 ano, a minha vida tenha dado uma completa guinada – a sensação que me dá é que eu vivi 10 anos em 01, de todas as formas e de todos os jeitos, tanto na área familiar, quanto na amorosa, como também, no foro íntimo e pessoal, nas amizades, no trabalho, na perspectiva acadêmica, em algumas percepções, enfim, eu não sou mais aquele Daniel que chegou, trazendo na bagagem algumas certezas (que deixaram de ser certezas), alguns sonhos (que também deixaram de ser sonhos), alguns anseios (alguns continuam os mesmos, outros não) e disposição para crescer.

Eu acredito piamente que o meu crescimento tenha se dado em situações diversas e adversas, de repleta densidade e tremor, que foram vivenciadas e ultrapassadas sem sofrer grandes traumas e sentir grandes terremotos, pelos seus efeitos terem sido anulados ou, pelo menos, amenizados devido à presença dos seguintes fatores:

I - Eu não deixei de estar centrado em mim em momento nenhum, mesmo que, em algumas passagens eu tenha me sentido perdido no decorrer do processo, natural quando se está inserido num contexto novo e envolvente, e bastou-me estar perdido para eu me encontrar;

II – Ter tido autonomia para viver como eu acredito que se deva, vivendo levemente, sem desespero e sem transformar o pequinês em “pit bull”, não dando uma dimensão maior do que o problema realmente tem, independente das críticas (as pertinentes e construtivas foram consideradas e as desnecessárias ignoradas) e dos incômodos de terceiras, quartas e quintas pessoas desagradáveis e sem nenhum “sexy appeal” que pouco tem a acrescentar, pois elas deveriam estar mais preocupadas com a inércia e a amargura em que elas próprias estão aprisionadas, já que eu não preciso me aprisionar a ninguém e me preocupar com a vida alheia, já que a minha vida por si só, já demanda muita preocupação da minha parte. Ainda bem que eu tenho liberdade, coragem e flexibilidade o suficiente para correr atrás do que eu quero ou acho que quero, adaptando-me as situações, as mudanças de sentido e os desvios que surgiram e ainda hão de surgir no meio do caminho;

III - Poder contar com o apoio, a compreensão e o carinho dos meus valorosos amigos, novos ou antigos, distantes ou não, mas que sempre estiveram presentes, atentos, preocupados e informados de tudo o que estava acontecendo comigo e a cada passo a ser dado, enfim, amigos no mais completo sentido do que representa a palavra amizade, sem precisar que eu me vendesse por um favor ou por trocas de interesses materialistas ou mendigar centavos para existir e sobreviver. Até aqui, eu vivi por toda conta e risco, se eu acertei foi uma mera obrigação da minha parte de acertar, se eu errei, também valeu, errar também faz parte da difícil, árdua, particular e inigualável experiência de crescer, e;

IV – Em momento algum eu vivi um personagem ou eu quis protagonizar o herói ou o mocinho do filme, se tentasse eu seria o canastrão, pois eu não tenho talento e a pretensão de ser assim, já que sempre fui considerado a “ovelha negra” da família, graças ao meu gênio forte e ter uma personalidade indomável (- “Mas, ultimamente, eu estou tão domesticável, nem parece o filho caçula mimado de antes...): A essência continua a mesma, o caráter foi posto a prova e em dúvida, a força apenas esteve ali, no lugar onde sempre esteve, dentro de mim, e a consciência tranqüila, porque eu não precisei jogar os meus medos, as minhas inseguranças, as minhas frustrações, as minhas oscilações, as minhas ambições e as minhas incertezas em cima de ninguém, mantive-me sempre a favor do respeito, do diálogo e da sinceridade.

- “Cada um veste a carapuça que quer, então, não venha me culpar porque você se identificou com as minhas palavras. Eu não as enviei, eu não as dediquei, eu não as batizei, você que as procurou – lembre-se disso!!! Eu não dou tanta importância a quem de fato não a merece, então, recolha-se a sua insignificância. Se tais palavras estão descritas aqui, motivos não me faltaram, experiências factuais me credenciam a proferí-las.”

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"As lágrimas não reparam os erros!!!"

The Verve - Bitter Sweet Symphony (with lyrics)

♫ Pitty - Na sua estante

"Eu não ficaria bem na sua estante..."