quarta-feira, 2 de abril de 2008

Confesso-te, sinceramente

Confesso-te, sinceramente,
Eu fico com raiva de mim mesmo
Quando eu estou vulnerável
E entregue em suas mãos
Como um menino
Como alguém que estivesse apaixonado pela primeira vez


Confesso-te, sinceramente,
Eu fico irritado e colérico comigo
Por te procurar
Por querer te dar mais uma chance
E, ao invés de receber um “SIM”
Você me dá
Suas respostas monossilábicas e frias
Sua ausência de respostas e de calor
E, mesmo assim,
Esse sentimento ainda continua
Preservado, latente, pulsante
Sem eu querer


Confesso-te, sinceramente,
Eu fico surpreso comigo
Por sentir o que eu sinto
Sem ser correspondido
Como poderia ser
E como eu gostaria que fosse,
E não é!!!
Pois, não tem nenhum sentido
Não ter você
E, mesmo assim, continuar te querendo


Confesso-te sinceramente,
Se eu pudesse,
Moveria, nesse instante,
Céus e terras
Mares e ventos
Para arrancar você de mim
Do meu pensamento, conflituante
Do meu peito, inquieto
Dos meus sonhos, mais utópicos
Do meu presente, ausente
Do meu futuro, inexistente


Porque?!!!

Não adianta,
É insustentável
Continuar assim:
Preso, inerte, esperançoso
Ansioso, contemplativo, duvidoso
Esperando, até quando?!!!
Por um sinal seu
Por uma resposta sua
Por uma possibilidade de ter você
Aqui, de volta, junto comigo outra vez!!!


(Daniel Igor, 31/03/2008)

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