quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Viagem ao Crato - Parte 2


O CRATO

Eu preciso fazer a minha confissão de culpa agora: "Eu confesso que sempre tive muito preconceito em conhecer as cidades do interior do meu estado, O Estado do Ceará, porque, em primeiro lugar, por me considerar uma persona urbana e do mundo, como realmente sou, até então, não tinha o menor interesse em conhecer regiões rurais e sertanejas, e, em segundo lugar, por mera ignorância da minha parte em acreditar, erroneamente, que algumas cidades do interior cearense, não teriam nada de interessante para se ver, curtir e vivenciar".

- "Leigo engano, sinhozinho Dan, o Crato é fechoso demais, não achas?!!!"

Realmente, eu não esperava nada do Crato, além de encontrar a minha derradeira resposta (amém!!!), estar acompanhado da Lena (alguém muito especial pra mim), me divertir em companhia dela e dos amigos dela, mas, não foi que a cidade em si me surpreendeu?!!! Não pela infra-estrutura local, embora esteja em desenvolvimento e ainda apresente limitações típicas do interior (poucas e repetidas opções de entretenimento, a matutice e a tacanhez interiorana, a urbanização e a gestão política aquém de Fortaleza), mas, pela vida social ativa da cidade e das figuras interessantes que compõem o complexo do Cariri.

- "O povo fechante esse do Crato... Deixa Fortaleza no chinelo!!!"

O que mais me chamou atenção no Crato foi o material humano: As personas descoladas, interessantes e criativas que eu tive a oportunidade de conhecer. Se Fortaleza, para alguns, já é considerada liberal, é porque eles não conhecem o Crato em profundidade. É, simplesmente, uma torre de babel, aonde "a noite tudo pode acontecer e todos os gatos e todas as gatas são pardos e pardas", em sua maioria!!! Refleta de brilhos (oh, povo para se vestir com lantejolas e malhas florescentes), filhinhos e filhinhas de papais e mamães em seus carrões, carrinhos e motos (brum, brum, brummmmmmmmm...), paqueras a flor-da-pele (muitos colírios), bagunça (muita bagunça), alegria e o vigor juvenil da moçada, e, é claro, os enrustidos de plantão e seus códigos e linhas cansadíssimas.

- "Ui... "Zuuuuuuu live", neném!!! Que povo mais perigoso... Nemmmmm, se bobiar, não sobrará pedra sobre pedra nesse Cariri... Da fechação ao sem noção, quisá ao assédio sexual, mas não sou obrigado messsssssssssmo a determinadas ousadias!!!"

O mais curioso é saber que o Crato, apesar das suas variadas praças (seus principais points de encontros) e seu espaço físico reduzido (se comparado a médias e grandes cidades), consegue desenvolver a sua cultura e economia regional forte, baseada no comércio local, no artesanato diversificado, na boemia dos bares e em sua própria dinâmica local. Quem diria, que o calor infernal de lá, quase uma filial do inferno, não consegue parar o movimento da cidade, nem mesmo em altos picos de calor intenso.

- "Crato, não para... Surpreende, ao seu modo, mas surpreende!!!"

Duvidem se quiser, mas o Crato consegue ser mais moderno em alguns aspectos do que em Fortaleza, ao exemplo da paquera e da diversidade (mesmo velada), pois a night e a boemia cratense consegue ser mais fechante, mais ousada e mais surpreendente do que a nossa, onde as personas são muito mais interessantes e não brincam em serviço - não colocam banca e aproveitam a oportunidade quando surgem.

- "É por essas e outras, que eu fiquei passadooooooooooooooooo com o Crato!!!"


Nenhum comentário:


"As lágrimas não reparam os erros!!!"

The Verve - Bitter Sweet Symphony (with lyrics)

♫ Pitty - Na sua estante

"Eu não ficaria bem na sua estante..."